“Caminho das Índias” conquista público e termina em alta

Maya (Juliana Paes) e Raj (Rodrigo Lombardi), em "Caminho das Índias", que acabou nesta sexta-feira

Are baba! Baguan kelie! Tik! Há oito meses essas incógnitas desafiavam o telespectador que começava a assistir “Caminho das Índias”. Os primeiros episódios da trama, que acabou nesta sexta-feira, foram uma tresloucada viagem à Índia e ao amor impossível entre o dalit Bahuan (Marcio Garcia) e Maya (Juliana Paes).

“Caminho das Índias” estreou com a pior audiência entre todas as novelas de Gloria Perez. Segundo prévia do Ibope, terminou com 55 pontos.

O amor entre castas diferentes não colou. Quando Maya e Raj (Rodrigo Lombardi) trocaram os primeiros olhares ficou difícil imaginar que eles se separassem. Justamente nesse ponto, a trama começou a esboçar reação no ibope.

Apesar das belas imagens e da tecnologia, que permitiram que os personagens arrastassem o sari pelo mercado com bastante veracidade, o tempero indiano precisou ser suavizado. Até a barriga do sacerdote Pandit (José de Abreu) foi coberta para agradar o público.

As “aulas” sobre as tradições indianas eram uma bula para entender a novela. Pandit e Opash (Tony Ramos) deram verdadeiras palestras sobre os “costumes”, em cenas que se tornaram repetitivas e chatas.

“O Clone” da Índia

Enquanto isso, no Brasil, Norminha (Dira Paes) pulou o muro dando leitinho para Abel (Anderson Muller), e Yvone (Letícia Sabatella), a psicopata mais bonita do Brasil, convenceu quase todo mundo que era boazinha. Conseguiu até fugir da cadeia no último capítulo –só na lábia.

Soa sem pé nem cabeça, mas e o “O Clone”?

Para quem não se lembra, “O Clone”, também escrita por Gloria Perez, era parcialmente ambientada no Marrocos, onde Jade (Giovanna Antonelli) tinha dificuldade em se adaptar às tradições. Enquanto isso, no Brasil, o doutor Albieri (Juca de Oliveira) conseguia fazer o primeiro clone de um ser humano. Sem pé nem cabeça?

Pode até ser. Mas o resultado funciona. “O Clone” terminou com 62 pontos no Ibope (foi em 2002), já passou em uma dezena de países e ganhou um remake mexicano-colombiano.

O nonsense também é fonte para ótimas piadas. “Com a Minha nas Índias”, paródia do “Casseta e Planeta”, foi uma ótima sátira de novela e o resultado refletiu no ibope do humorístico.

“Caminho das Índias” terminou com um beijo entre Maya e Raj, Bahuan não teve direito a nenhuma fala no último capítulo. Segundo números prévios, marcou 55 pontos de média. Cada ponto representa 60 mil residências na Grande São Paulo. A novela ficou no ar entre 20h58 e 23h04.

Gloria Perez comemorou no Twitter. “Are baba!”

As informações são da Folha Online.

0 comentários: