Justiça não aceita processo contra filme "Tropa de Elite"

O Tribunal de Justiça através da juíza Adriana Castanho de Carvalho, da 1ª Vara Cível da capital carioca, negou o pedido para a abertura de um processo feito pelos integrantes do BOPE e da Polícia Militar do Rio de Janeiro contra o filme "Tropa de Elite".

O grupo de policiais buscava conseguir, por meio do processo, indenizações por danos morais, pois consideraram que a exibição do longa denegriu a imagem da corporação, além de alegarem que, devido a veiculação do filme, foi quebrado o sigilo profissional, ao mostrar a maneira com que o BOPE consegue penetrar nas favelas do Rio de Janeiro.

Outra alegação do corpo de policiais é que o filme sugere ao público que todos os policiais integrantes do BOPE são adeptos a violência, tortura, homicídio e abuso de autoridade, e culpam os representantes da Zazen Produções e da Paramount Pictures pelo vazamento das cópias piratas no mercado.

"Não foram as rés que veicularam as cópias piratas, dando-lhes publicidade. Logo, os efeitos de sua divulgação não podem ser a estas imputados por ausência de nexo de casualidade", declarou a juíza.

Contudo, a juíza não considerou que "Tropa de Elite" manchou a honra ou a imagem dos autores da ação. "Nenhuma menção se fez aos reais integrantes do BOPE ou da PMERJ, nem se procedeu a qualquer ligação dos personagens fictícios aos agentes reais. Em verdade, nenhum dos autores é passível de ser reconhecido como determinado personagem. Ao assistir ao filme, fica claro ao espectador estar diante de obra de ficção", relatou a juíza Adriana Castanho de Carvalho.

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